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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Uma mensagem de NATAL!

Tenho o prazer de poder enviar a todos os MM.'.QQ.'.II.'. uma mensagem de Natal de alguém que eu admiro muito, o Padre Mário de Oliveira...Acredito que esta mensagem de Natal, dispensa qualquer tipo de comentário.
Obrigado Padre Mário!
Junto segue o Link:
http://www.youtube.com/watch?v=TIAmTTZJ2CM

Ptah.'.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ofereça um sonho a cada criança...


Este Natal…eu quero ajudar todas as crianças a ter um sonho!
Este Natal vou pensar nos que mais precisam...
Este Natal eu posso mudar algo...
Contribua com o que puder directamente para os sites das organizações abaixo mencionadas:

www.ajudadeberco.pt/index_pt.html

www.sol-criancas.pt/

www.iacrianca.pt/

www.abraco.org.pt/

www.aacc.org.br/

http://www.acreditar.org.pt/

http://www.miudossegurosna.net/

http://www.repartir.org.br/

http://www.meninosdeoiro.org/

www.raa-ei.org/


Um Abraço Fraternal
Ptah.'.

Porque adormecem os maçons?

O homem é um ser itinerante, peregrino do Absoluto, caminhante errante de um labirinto cósmico…
O Homem pode desesperar e desbastar-se no orgulho. Mas se houver nele a abertura para a Verdade e Amor Fraterno, o seu caminho ao longo da história poderá dar lugar à esperança de uma verdadeira maçonaria.
O grande inimigo da maçonaria está no egoísmo e na falsa tolerância do homem, em não saber amar, em deixar-se subjugar pela ganância desmedida do poder, que nos afasta das bases do verdadeiro Templo. A maçonaria não é um Clube de Empresários, muito menos um jogo de valores politizado ou de origem dogmática e/ou pseudo-esotérica. A verdade é que não há nem pode haver uma maçonaria alicerçada com base em valores deturpados ou menos claros, que pela sua estrutura pouco verdadeira , está sujeita à extinção.
Regularidade, descendência, reconhecimento, loja selvagem… discurso elitista romanesco, palavras desprovidas de significado num mundo de verdadeiros maçons!
A maçonaria não é Maçonaria, a não ser que seja reconhecida, o que pressupõe um movimento da atenção que se dirige para ela e para todos os maçons no globo.
Perdoem-me os meus irmãos, não esses de sangue que não tive oportunidade de os reconhecer, os verdadeiros irmãos, aqueles que numa mancha negra sob a luz ténue de algumas velas tive o prazer de abraçar…

Talvez seja esta a razão do adormecimento de tantos maçons…
I.'.M.'. adormecido

domingo, 13 de dezembro de 2009

Pintura a óleo

Quatro Elementos
Óleo s/tela


TEMPO
Óleo s/tela




R.Vilar

sábado, 12 de dezembro de 2009

Tradicional Ordem Martinista (TOM)

A figura mais conhecida do Martinismo, junto ao público em geral, é a do Rosacruz Louis-Claude Saint Martin, mas o início de tudo aconteceu em 1754, quando Martinès de Pasqually [teósofo do século XVIII - (1710-1774)] criou a Ordem Iniciática dos Elus-Cohen. A base do trabalho iniciático era a reintegração do homem mediante a prática teúrgica. Essa Teurgia, em última instância, apoiava-se no relacionamento do homem com as hierarquias angélicas, única via, segundo Pasqually, para sua reconciliação com a Divindade. O Martinismo, contudo, não é uma extensão da Ordem dos Elus-Cohen, e com o falecimento de Pasqually, em 1774, seus ensinamentos tomaram caminhos distintos. Dois discípulos de Pasqually sobressaíram-se e impuseram orientações esotéricas específicas para o pensamento original de seu Mestre: Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824) e Louis-Claude de Saint-Martin (1743-1803) conhecido sob o Nome Iniciático de Phil \u2026 Inc \u2026 (Philosophe Inconnu). Existem numerosas Ordens Martinistas em funcionamento no mundo moderno.

Willermoz, adepto da Franco-Maçonaria e da Teurgia, apesar de não ter transmitido àquela Agremiação as práticas teúrgicas dos Elus-Cohen, fez com que, em 1782, os ensinamentos de Martinès de Pasqually fossem incorporados aos graus de Professo e de Grande Professo da aludida Fraternidade.

Já Louis-Claude de Saint-Martin renunciou à Teurgia – senda externa – em proveito da senda interna. Considerava a teurgia perigosa e temerária. Reputava, outrossim, arriscada a invocação angelical quando operada pela via externa. O caminho era o interior. Saint-Martin desejava: entrar no coração da Divindade e fazer a Divindade entrar em seu coração.
A iniciação transmitida por Saint-Martin perpetuou-se até o final do Século XIX. Mas não foi ele próprio o fundador de uma associação com o nome de Ordem Martinista. Havia, entretanto, uma Sociedade dos Íntimos (Círculo Íntimo) formada de discípulos que recebiam a iniciação diretamente de L.C. de Saint-Martin. No final do século XIX, dois homens eram os depositários desse conhecimento e dessa iniciação: Gérard Encausse e Pierre-Augustin Chaboseau. Foram esses dois homens, Gérard Encausse, mais conhecido como PAPUS, e Augustin Chaboseau que, em 1888, decidiram transmitir a Iniciação de que eram depositários a alguns buscadores da verdade e fundaram a Ordem Martinista. É a partir dessa época que se pode efetivamente falar em uma Confraternidade Martinista.

Em 1891 a Ordem Martinista foi dotada de um Conselho Supremo, e Papus foi escolhido Grande Mestre da Ordem. O coração do Martinismo fixou-se em Paris, e, imediatamente, foram criadas quatro Lojas: Esfinge, Hermanubis, Velleda e Sphinge. Cada uma com características específicas, mas todas fiéis ao pensamento de seu inspirador: Louis-Claude de Saint-Martin \u2013 o Filósofo Desconhecido.

A Ordem, com o tempo, expandiu-se também no estrangeiro, e foram instaladas diversas heptadas na Bélgica, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália, Egito, Tunísia, Estados Unidos, Argentina, Guatemala e Colômbia. Não há registros, s.m.j., do funcionamento da Ordem, naquela época, nem em Portugal, nem no Brasil.

Com o advento da Primeira Guerra Mundial a Ordem Martinista entrou em dormência. Papus transferiu-se voluntariamente para o front (para servir como médico), vindo a falecer antes do fim do conflito, em 25 de Outubro de 1916. Com a transição de Papus, a Ordem passou por dificuldades e quase desapareceu. Foi exatamente em 24 de Julho de 1931 que os martinistas autênticos, no intuito de distinguir a Ordem de movimentos pseudomartinistas (inautênticos), reuniram-se em torno de Augustin Chaboseau e acrescentam à denominação da Ordem o qualificativo Tradicional. a Segunda Grande Guerra. A Ordem entra praticamente em nova dormência, pois no dia 14 de Agosto de 1940 o jornal oficial publicou um Decreto do Governo de Vichy proibindo na França o funcionamento de todas as organizações secretas. Todavia, duas Lojas continuavam a operar incógnita e silentemente: Athanor e Brocéliande. A Gestapo não dava sossego às organizações iniciáticas. E alguns iniciados, não apenas da TOM, foram martirizados e mortos nos porões do nacional-socialismo pelos títeres nazistas.

1945: término das hostilidades. Augustin Chaboseau (Sâr Augustus), incansavelmente, reativou a Ordem pela última vez, pois veio a falecer em 2 de Janeiro de 1946. Na Europa, com a morte de Chaboseau, o movimento martinista passou mais uma vez por grandes dificuldades. Sua sustentação deveu-se a Ralph M. Lewis (Sâr Validivar), então Imperator da Ordem Rosacruz e Grande Mestre Regional da Tradicional Ordem Martinista que, com seu incansável trabalho e acurado senso de organização, sedimentou a agremiação na Europa. Foi eleito Soberano Grande Mestre da Ordem e dirigiu-a por 48 anos até o momento de sua Grande Iniciação, em 12 de Janeiro de 1987.

Hoje, no ambito da AMORC, com a denominação de TOM, a Ordem Martinista é dirigida universalmente por Christian Bernard, também Imperator dessa Ordem Rosacruz. A Tradicional Ordem Martinista da AMORC está instalada no Brasil.

Apesar de todas as adversidades, a Tradicional Ordem Martinista sempre conseguiu manter e transmitir sua Luz ao longo do tempo. Os martinistas – Servidores Incógnitos – sabem e concordam com Victor Hugo quando afirmou: A revolução muda tudo, menos o coração do homem. Por isso, como preconizou Saint-Martin, não é no exterior que se deve produzir a mudança, mas sim no coração de cada homem. É esse conceito que os martinistas denominaram (e denominam) de Senda Cardíaca.
Uma Senda Cardíaca
Conforme se afirmou anteriormente, Martinès de Pasqually entendia que a ascensão do homem só poderia operar-se pela Teurgia, ou seja, por um conjunto complexo de práticas ritualísticas, visando obter sua reintegração com a Divindade com intermediação Angélica. Saint-Martin desaprovava essas práticas. Achava-as perigosas e ultrapassadas. Acreditava que com o advento do Cristo o homem poderia ter acesso ao Reino Divino sem intermediários. Evocar ao invés de invocar. Dentro e não fora. Interior e não exterior. A ascese interior é o caminho, e, nesse sentido, é no coração do homem que tudo deve acontecer. Para os martinistas o Universo e o homem formam um todo, e como ensinava Saint-Martin: não podemos ler senão no próprio Deus, nem nos compreender senão em seu próprio esplendor. Se o homem não é mais capaz dessa harmonia é porque se tornou vazio de Deus. Ficou adormecido para a espiritualidade. Escolheu que assim sucedesse. Lutar pela reintegração é preciso. É sobre essa questão primordial que repousa todo o trabalho martinista: a REINTEGRAÇÃO DO HOMEM. O poder original perdeu-se. Mas não se perdeu, certamente, o germe desse poder. Só depende – e depende exclusivamente – do homem cultivá-lo, trabalhá-lo, e fazê-lo crescer e frutificar. Mas há aqueles que têm consciência dessa nostalgia. Há os que sentem um impulso interior de reencontrar a pureza original. São os Homens do Desejo. É o desejo de Deus. É a fome de Deus. É a saudade metafísica insatisfazível do reencontro interno e insubstituível com a DIVINDADE INTERIOR. No âmbito do Rosacrucianismo isto corresponde à construção in corde do Mestre-Deus pessoal de cada Iniciado.

Assim, a senda martinista é a Senda da Vontade, voltada para a reconstrução do Templo Interior. Para edificar e reconstruir esse Templo, o iniciado Martinista apoia-se em três pilares: a Iniciação, os Ensinamentos Martinistas e a Beleza. Pelos dois primeiros adquire (ou readquire) FORÇA e SABEDORIA. Alcançadas ou (re)alcançadas essas instâncias do ser, nascerá (ou renascerá) a BELEZA que marcará com seu selo a reconstrução de seu Templo Interior. Portanto, a edificação do Templo Interior apóia-se na Lei do Triângulo.

Sobre a questão da iniciação, vale a pena recordar o que ensinou Saint-Martin a Kirchberger: Pela iniciação podemos entrar no CORAÇÃO DE DEUS e fazer o CORAÇÃO DE DEUS entrar em nós, para aí fazer um casamento indissolúvel. Pela Iniciação o homem lentamente tornar-se-á seu próprio REI. EU E MEU PAI SOMOS UM.

Os ensinamentos de Saint-Martin são, sem exceção, aplicáveis a toda a Hhumanidade. Considerava a fraternidade (e não a igualdade) a base de toda a vida social e propugnava a união de todos os seres humanos em nome do amor. Justiça e caridade, força e fraqueza, só podem encontrar seu ponto de equilíbrio pela e na fraternidade. Assim, a Tradicional Ordem Martinista – que preserva os ensinamentos de Louis-Claude de Saint-Martin – propugna que a felicidade da Humanidade é dependente e proporcional à felicidade de cada um de seus membros e na união de todos pela fraternidade, que propicia uma verdadeira igualdade pelo equilíbrio estável de direitos e de deveres. A resultante desses dois lados do triângulo conduz ao terceiro – a liberdade – que determina a segurança e a preservação de todos. Mas, nada pode acontecer sem humildade e caridade.

Em seu trabalho os martinistas não empregam nem magia, nem teurgia, nem se preocupam com a acumulação de um saber puramente intelectual, pois entendem que para progredir na senda da reintegração não é a cabeça que é preciso empenhar e sim o coração. É no coração – o templo sagrado e alquímico de transmutação do homem antigo no homem perpétuo – que serão encontradas as sete fontes sacramentais, as sete colunas, que harmonizarão e fertilizarão todas as regiões do ser do homem. Dessa Alquimia Transcendental e perene, manifestar-se-ão, para sempre, a Sabedoria, a Força e a Magnificência…

Segundo Saint-Martin na obra “O Novo Homem”, essas possibilidades estão à disposição do ser humano, porque nunca dele lhe foram subtraídas, e tais maravilhas encontram-se perpetuamente no seu coração, eis que aí têm existido desde a origem.

No discipulado, o martinista utiliza dois livros simbólicos (díade martinista): o “Livro da Natureza” – imenso repositório de conhecimentos – e o Livro do Homem – a ser lido por introspecção, pelo retorno ao centro do ser, pelo retorno ao coração. Aí é o lugar para e de contemplação interior, de transmutação divina, e que se constitui na via Esotérica, Alquímica e Secreta de todos os seres. Nesse processo, o Homem Velho acaba por ceder lugar ao Homem Novo. Essa regeneração foi definida por Saint-Martin como uma imitação interior do Cristo; e, tendo se tornado Homem-Espírito, poderá cumprir seu ministério: ser o intermediário ativo entre o Absoluto e o Universo. Este é o significado oculto da sentença: Lázaro, levanta-te. Todo Martinista é potencialmente um Lázaro. Não haverá mais em cima ou embaixo, exterior ou interior, dentro ou fora. A comunicação será permanente, e o homem terá alquimicamente se transmutado no templo de Deus. A Jerusalém Celestial terá sido restabelecida, pois o homem foi, então, batizado pelo Fogo Sagrado do Santo Espírito. I-NRI. I-Na-Ra. I-Na-Ra-Ya. YN-RI. A Doutrina Martinista veio (re)anunciar, portanto, a Era do Cristo Cósmico, que já começa a se revelar na alma de todos os seres, que, ainda que vacilantemente, estão iniciando a perceber que a insistência em chafurdar em valores transitórios e subalternos, só pode conduzir a sofrimentos e a desastres, qualquer que seja a duração dessas transigências, qualquer que seja a dimensão de cada tentativa. Ambas serão sempre frustras. Não se pode esquecer de que, posteriormente, Rudolf Steiner (1861-1925) viria a exaltar os mesmos princípios no âmbito da Sociedade Antroposófica. Este místico austríaco deixou uma obra monumental que deve, s.m.j., ser examinada por todos aqueles que se interessam pelos temas abordados neste pequeno e modesto ensaio. Outro pensador de nomeada foi o jesuíta Teilhard de Chardin (1881-1955), que faleceu no mesmo ano de Albert Einstein (1879-1955). Ambos foram cientistas, filósofos e místicos. Examinar os pensamentos destes dois ilustres transmissores é profundamente inspirador.

E assim, se se puder simplificar ao limite máximo para a mínima compreensão do que possa ser esoterismo ou iniciação no sentido martinista, talvez um resumo do que deixou escrito Saint-Martin, possa desarmar as consciências, de um modo geral, e estimular o início de uma pesquisa e de um estudo mais sistemático e mais aprofundadMartinès de Pasquallyo sobre essa possibilidade de acesso a um conhecimento, que está a todos disponível, aberto e sem reservas: A única Iniciação… é aquela pela qual podemos penetrar o coração de Deus e induzir este coração divino a penetrar o nosso. Kirchberger, como se viu, teve o privilégio de receber esse inspirador pensamento do próprio Formulador. A vereda martinista é, portanto, CARDÍACA. Interna. Não-teúrgica. Cabalística e ao mesmo tempo Iniciática. Assim, contrariamente à tagarelice profana e vulgar, iniciação (no sentido esotérico) é experiência pessoal, aprendizado, compromisso com o bem, com a justiça, com a fraternidade e com a liberdade; é o propósito de servir e atuar neste Plano de existência com firmeza e tolerância, mas também com bondade e compreensão, respeitando a multiplicidade de credos e de opiniões, sempre colaborando para a ascensão social e espiritual da Humanidade. É, em suma, a prática plena pela compreensão plena do PRIMEIRO MANDAMENTO. Por último, sobre a Verdade, Saint-Martin deixou escrito: A opressiva desventura do homem não é ignorar a existência da verdade, mas interpretar erroneamente sua natureza. Este conceito é equivalente à anarquia pitagórica.




Texto R+C

A verdade da Opus Dei...

Uma das coisas mais estranhas do Opus Dei é sua falta de história. Funcionou durante sessenta anos e esperava-se que algum membro em alguma parte do mundo tivesse escrito um relato de seu desenvolvimento; como cresceu e estendeu-se; quem ingressou, onde e quando; quais foram os problemas e como resolveram-se; quais tensões existiam e como foram resolvidas; como empreenderam distintas obras apostólicas, e como decidiu-se sua política, etc. O lugar apropriado para tal tratamento seria o volume publicado em 1982 pela Universidade de Navarra para comemorar, algo tardiamente, os cinqüenta anos de aniversário do Opus Dei, baseado em 1928. Nele há um compartimento comprometedoramente intitulado ‘Opus Dei, cinqüenta anos de existência’, todavia, consiste somente em duas peças: um texto inédito até então de Escrivá e uma entrevista que não contribui com informação alguma referente à história da organização, com o novo presidente geral da associação, Monsenhor Alvaro del Portillo. Não é que algo de sua história não possa ser desenterrado a partir das muitas apologias do Opus que seus partidários publicaram através dos anos, entretanto, não se menciona diretamente nenhum estudo histórico no ensaio bibliográfico de Lucas F. Mateo–Seco, escrito para o volume do aniversário. O mais extraordinário é a escassez de obras sérias sobre qualquer aspecto do Opus, exceto no, recentemente, adquirido estatuto jurídico como prelatura pessoal.
Não obstante, de um acontecimento em particular não há escassez de relatos: do dia e do modo em que Escrivá decidiu fundar o que com o tempo se converteu no Opus Dei. Aconteceu, diz Vázquez com uma hipérbole compreensível de quem é membro devoto, ‘como semente divina caída do céu’. A idéia veio a Escrivá quando fazia retiro numa casa do subúrbio de Madrid, pertencente aos padres paulinos. Escrivá estava rezando e, afirma Bernal, ‘viu’ o Opus Dei. Ao mesmo tempo ouviu soar os sinos da próxima igreja de Nossa Senhora dos Anjos, que celebrava a festa patronal; em 2 de outubro é o dia em que os católicos comemoram a festa dos Anjos da Guarda.
O que aconteceu realmente, não está de todo claro. Alguns membros do Opus acreditam que Escrivá do Balaguer teve uma visão celestial, mas nem ele mesmo chega a afirmar tanto. De fato, afirma muito pouco. É bastante evidente que, sendo um jovem e ambicioso sacerdote em um país com muitos padres à maturação, procurava algum papel particular na vida. E não há nada mau nisso. Parece pelos diversos relatos da fundação, que durante suas meditações começou a vislumbrar qual poderia ser seu papel. Foi mais tarde, embora não muito depois, quando a primeira noção se fez mais clara e pôde dar os passos para pô-lo em marcha. Foi tudo o que aconteceu. Mas, como o Opus tem a propensão a maximizá-lo em tudo, ficou uma placa na fachada do novo campanário de Nossa Senhora de Los Angeles, e um dos antigos sinos levou-se ao Torreciudad em lembrança do fundador. A inscrição latina, grosseiramente traduzida, diz: ‘Enquanto os sinos da igreja de Madrid de Nossa Senhora de Los Angeles tocavam e elevavam suas vozes em oração aos céus, em 2 de outubro de 1928, Josemaría Escrivá do Balaguer recebeu na mente e no corpo as sementes do Opus Dei.’ O Opus poderia ter posto, mais adequadamente, uma placa no edifício em que o fundador recebeu sua primeira inspiração, mas já não está em pé.
O que exatamente Escrivá tinha fundado? Logo, há dúvidas no que se converteu o Opus Dei. Tem uma estrutura legal precisa, objetivos bem definidos e métodos inequívocos para levá-los a cabo. Porém, seria incomum para o fundador de uma organização religiosa dentro da Igreja católica prever, exatamente, até o último detalhe, o que seria tal organização. Os franciscanos, por exemplo, passaram por muitos traumas durante décadas, se não durante séculos, conflitos internos antes de estabelecer sua estrutura, e isso somente a custa de dividir a ordem. De modo que é razoável perguntar-se se a visão original de Escrivá realizou-se da forma que hoje se apresenta.
Não é que o problema seja assim tão simples. Escrivá viu que o Opus Dei se desenvolvia na forma em que o fazia, e incitou-a a continuar em seu caminho. O momento crucial pode estar no incidente que se explica mais adiante, quando voltou de Roma em 1946 com sua inocência ou sua ingenuidade quebrantada pela forma de atuar da cúria romana. Talvez, sua primeira idéia do que desejava criar fosse algo completamente distinto.
Bernal, por exemplo, descreve o Opus Dei como ‘uma 'organização desorganizada', plena de responsável espontaneidade. Isto estaria muito longe da experiência de alguns membros recentes. Ao morrer o fundador, comenta Vladimir Felzmann:
‘...regras, normativas e restrições cresceram. A vida se fez ainda mais restritiva... Para proteger e preservar seu espírito –para evitar o que aconteceu aos franciscanos–, o fundador dispôs uma codificação completa e meticulosa da obra do Opus Dei e da vida de seus membros. Mas, como nosso Senhor mesmo descobriu, um espírito encerrado em um código tende a voltar-se morto, lhe escravizem, farisaico’.
A ‘organização desorganizada’ de Bernal está próxima ao que Raimundo Pániker recorda dos primeiros tempos. Pániker era possivelmente o mais distinto teólogo acadêmico do Opus. Nascido em Barcelona, de pai índio e de mãe catalã, era cidadão britânico e, como tal, foi evacuado de Barcelona por um casco de navio de guerra britânico durante a Guerra Civil espanhola (1936–1939). Foi estudar na Alemanha, mas voltou para Barcelona em 1940, onde se uniu ao pequeno grupo de seguidores de Escrivá, que exerciam atividades na cidade. Ordenou-se sacerdote em 1946, um segundo grupo de membros do Opus que foram ordenados. Deixou o Opus em 1965. Suas lembranças dos primeiros tempos confirmam a descrição do Bernal.
Diz Pániker que quando chegou ao Opus era quase um movimento ‘contra-cultural’.
Gente como ele se uniu ao Opus porque parecia oferecer um modo de superar a ‘rotina do catolicismo’. Simplesmente queriam tomar a sério a religião, seguir o Evangelho em todas as exigências impostas sobre quem quer ser discípulo de Cristo. Há uma velha tradição ascética na Igreja que compara ao devoto com a ‘militia Christi’, os soldados de Cristo, e foi esta expressão que utilizou Pániker para os primeiros membros do Opus. Não havia, além de Escrivá, mais que um grupo de laicos que tentavam pôr o Evangelho em ação. Não havia uma forma de vida especial, nenhuma fuga do mundo. Não devia haver nada que os distinguisse exceto, possivelmente, que, para ajudar-se mutuamente, viviam juntos. Aquele, pois, era o ideal que Escrivá do Balaguer oferecia aos que se achavam sob sua influência.
As pessoas submetiam-se rapidamente à ela. Assim que recebeu a mensagem divina, lançou-se a procurar gente para sua causa. Falou de suas idéias a amigos de seus dias de estudante em Logroño e Zaragoza. Procurou apoio entre os sacerdotes que compartilhavam a casa onde se alojava em Madrid. Escreveu cartas a gente de fora da capital da Espanha. Perguntou à seus conhecidos e a aqueles para quem trabalhava como capelão, se conheciam candidatos varões adequados entre os jovens, e particularmente entre os estudantes. Disse ao padre Sánchez Ruiz, seu diretor espiritual, que se dava conta com crescente claridade de que o Senhor ‘quer que me esconda e que desapareça’. Não seguiu o conselho do Senhor. Fazia amizades influentes tanto entre o clero como entre os seculares, estava desenvolvendo o Opus através de suas cartas, cultivando a aristocracia e fazendo seus primeiros discípulos.
Alguns uniram-se a ele, todavia não ficaram. Outros, como Isidoro Zorzano Ledesma, que tinha estudado com ele em Logroño e a quem se encontrou por acaso em Madrid, morreu jovem. Uns amigos da Faculdade de Medicina de Madrid apresentaram-o ao João Jiménez Vargas, estudante de tal Faculdade. Encontrou a outros por meio do confessionário ou através das Damas Apostólicas, de quem era capelão. Uniram-se ao Escrivá em um momento crucial da História da Espanha, timidamente, em palavras do Pániker, um ‘movimento contra-cultural’.

Michael Walsh - Opus Dei (fragmento)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ser Maçom

Ser Maçom é ser Irmão da humanidade
É ver Luz em toda a chispa tresmalhada
É produzir uma amálgama transmutada
Sublimando no bem toda a maldade

É ser capaz de conviver com a falsidade
É provar que a virtude tem valor
É apagar o ódio com amor
É demonstrar as virtudes da Verdade

Na tolerância encontramos o mistério
Assim como o alquimista o seu minério
Ambos no caminho espiritual

O Maçom dá sempre a mão ao desleal
Tal como o faz ao Irmão mais Fraternal
Porque obedece a um compromisso muito sério

Não há vinganças, nem rancores, nem maldade
Porque em todo o ser humano há uma diferença
E agir assim é apanágio de quem pensa
Que os irmãos são toda a humanidade

Há profanos que mostram ser virtuosos
E que deslumbram com o seu saber e mérito
Assim como há irmãos que são o descrédito
Mas de todos devemos ser mui zelosos

Podemos ver o mal, ver a trapaça
Sem que isso vá afectar a nossa graça
Porque somos A Fraternidade

Ao maldoso fica a desgraça e a maldade
Ao virtuoso, o amor à humanidade
E o que tem que ser feito… que se faça!

Autor anónimo

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O que é a Maçonaria?

A Maçonaria é uma Ordem iniciática e ritualística, universal e fraterna, filosófica e progressista, baseada no livre-pensamento e na tolerância, que tem por objectivo o desenvolvimento espiritual do homem com vista á edificação de uma sociedade mais livre, justa e igualitária.
A Maçonaria condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo, porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade;
A Maçonaria afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçónico. Combate a ignorância, a superstição e a tirania em todos os seus contornos.
A Maçonaria proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um;
A Maçonaria defende a plena liberdade de expressão do pensamento, como direito fundamental do ser humano.
A Maçonaria reconhece o trabalho como dever social e direito inalienável; julga-o dignificante e nobre sob quaisquer das suas formas;
A Maçonaria considera Irmãos todos os Maçons, quaisquer que sejam as suas raças, nacionalidades, convicções ou crenças;
A Maçonaria sustenta que os Maçons têm os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e devotação à Pátria e obediência as leis.
A Maçonaria determina que os Maçons estendam os laços fraternais que os unem a todos os homens esparsos pela superfície do globo.
A Maçonaria recomenda a divulgação da sua doutrina pelo exemplo e pela palavra e combate, o recurso à força e à violência para a consecução de quaisquer objectivos;
A Maçonaria adopta sinais e emblemas de elevada significação simbólica que são utilizados nas oficinas de trabalho e servem para que os Maçons se reconheçam e se auxiliem onde se encontrem."