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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Grau do Cavaleiro Rosacruz


O Grau 18 tem como simbologia a cruz ansata, com as letras I.N.R.I., alternadamente, em branco e preto, ao lado de um compasso e um esquadro, sobre um laje triangular colocada entre o altar e a entrada do Oriente.
A sigla I. N. R. I. é usada como identificação entre os Cavaleiros Rosacruzes, e deriva da própria iniciação do Grau com uma antiga máxima hermética !Igne Natura Renovatur Integra! !(O fogo renova a natureza inteira!). Ela aparece, também, quando o Cavaleiro é interpelado sobre a Verdade e ele responde que “a viu em Judéia, Nazaré, Rafael e Judá”.
O Grau do Cavaleiro Rosacruz reflete, a interiorização da tristeza e das trevas. Quando em desespero, nós podemos nos dirigir a duas grandes forças motivadoras para nos salvar: a Razão e a Fé. A Razão trata daquilo que pode ser demonstrado, o que é tangível: a Fé vem de dentro de nós, o intangível. A Cruz tem sido um símbolo sagrado desde os primórdios da Humanidade: a Rosa significa a ressurreição. Daí um dos símbolos do Grau 18 ser uma Cruz encimada por uma Rosa. A flor da Rosa possui, também, a tripla conotação de Amor, Segredo e Fragrância, ao passo que a Cruz comporta, também, o triplo significado de Auto-sacrifício, Imortalidade e Santidade. Em conjunto, estes dois símbolos , indicam o Amor do Auto-sacrificio, o Segredo da imortalidade e a doce Fragrância de uma vida santa.
O Grau 18 apela-nos á tolerância, convidando os homens de todas as crenças a encontrarem o enriquecimento espiritual.


Epistolar Real Arco do Templo

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fulcanelli


Fulcanelli é o seudónimo de um autor desconhecido de livros de alquimia do século XX. Lançaram-se diversas especulações sobre a personalidade ou grupo que se oculta baixo o seudónimo.

Biografia
É muito o que se escreveu sobre a vida desta personagem, mas a maior parte de suas biografias estão baseadas em depoimentos incertos, pois ao que parece ocultava expressamente toda a informação sobre sua pessoa, propiciando a circulação de infinidad de rumores. Alguns têm especulado sobre seu possível nascimento em 1877 em Villiers-lhe-Bel (França) e sua morte na pobreza em Paris no ano 1932.

Fulcanelli moveu-se até os anos vinte do século passado por França e ocasionalmente por Espanha: País Basco, Sevilla e Barcelona. Para alguns era uma personagem de vasta erudición com importantes contactos e relações com círculos selectos e influentes, como Eugène Emmanuel Viollet-lhe-Duc, arquitecto e restaurador de catedrais góticas francesas, com quem compartilhou sua admiração e estudo pela arte gótico, o que lhe permitiu interpretar com sucesso o papel que a alquimia joga nas esculturas que enfeitam estas construções, muito especialmente as impressionantes representações nas gigantescas catedrais góticas (relevos, portadas, escultura, solo, vidrieras).

A identidade de Fulcanelli, está por dilucidar. Inclusive poderia ser um seudónimo de um colectivo de alquimistas. O nome de Fulcanelli parece estar relacionado mediante a cábala fonética com Vulcano-Hélios ou bem com Vulcano-Hellé .

Com a escassa informação e os comentários de seu discípulo e albacea Eugène Canseliet, diversos autores têm adiantado várias hipóteses sobre sua identidade:

Julien Champagne, pintor francês (hipótese de Robert Ambelain, René Schwaller de Lubicz, Jules Boucher e Geneviève Dubois).
Camille Flammarion, eminente astrónomo francês (esta hipótese é sustentada por Frédéric Courjeaud).
O notário ou escribiente Rosny-Aîné.
Pierre Dujols, livreiro parisién da época.
René Schwaller de Lubicz (versão sustentada pelo cientista Jacques Bergier).
F. Jollivet-Castelot (tese doctoral de Pierre Pelvet).
Eugène Canseliet (versão de Paul Lhe Cour).
O chamado conde de Saint Germain (uma personagem, supostamente imortal, que aparece publicamente na cada século).
Jules Violle, físico francês de renome (versão de Patrick Rivière e de Jacques Keystone).
Alphonse Jobert, doutor francês (versão sustentada por Richard Khaitzine.
Jacques Bergier menciona em seu livro "A volta dos bruxos" que Fulcanelli e outro alquimista se dedicaram a visitar aos mais conhecidos físicos nucleares entre as duas Guerras Mundiais. Ambos descreveram somera mas muito graficamente em que consistia um reactor nuclear e advertiram dos perigos das substâncias subproductos das reacções. Isto passou sem maiores atenções respecto dos cientistas até que Fermi conseguiu a primeira reacção em corrente. Algum dos visitados recordou, então, a conversa mantida com algum dos dois supostos alquimistas e comunicou a história aos serviços de inteligência correspondentes. Imediatamente os serviços aliados começaram a busca de ambos personagens. Fulcanelli foi impossível de encontrar, enquanto a outra pessoa resultou fuzilada no norte da África por ser colaboradora dos alemães. É muito difícil achar provas de tais coisas, para além do texto do livro antecitado. Jacques Bergier foi ayudante do físico francês Louis de Broglie e fez parte da inteligência dos Aliados.

Se isto é verdadeiro, é improvável que Fulcanelli fosse um cientista conhecido, pois tivesse sido reconhecido por algum colega.

A partir da busca destas duas personagens e do começo da carreira para a construção de uma bomba nuclear os serviços de inteligência compraram qualquer livro de alquimia que se pusesse a seu alcance. Não há verificação oficial a nível público destes relatos, mas também não nenhuma desmentida conhecida.

Obra
Foi autor de três fazes cimeiras da alquimia:

O mistério das catedrais e a interpretação esotérica dos símbolos herméticos (Lhe Mystère dês Cathédrales), escrito em 1922 e publicado em Paris em 1929 .
As moradas filosofales e o simbolismo hermético em suas relações com a arte sagrada e o esoterismo da grande obra (Lhes Demeures Philosophales), publicado em Paris em 1930 .
Para alguns pôde ter morrido em um desván da rua Rochechouart de Paris sem terminar o terceiro e último livro que ia ser o colofón de sua obra: Finis Gloriae Mundi, título inspirado em uma pintura do pintor sevillano Juan de Valdés Leal que na actualidade está pendurada na igreja sevillana do Hospital da Caridade. Nesse livro completar-se-ia a revelação do mistério alquímico ou verbum dimissum (A palavra perdida) dando resposta aos milhares de anos de busca dos alquimistas.

No ano 2001 apareceu em francês um texto com o título de Finis Gloriae Mundi como se fosse o texto que em seu momento não se publicou. Para a maioria dos estudiosos é um texto apócrifo já que dita obra relata acontecimentos que acontecem depois da segunda guerra mundial, data para a qual se supõe ao autor já falecido. Não obstante, outros estudiosos do tema entendem que o elixir de longa vida não é em modo algum uma quimera da alquimia, senão uma das provas da consecución da pedra filosofal. O autor da versão revisada do Finis Gloriae Mundi afirma na nova publicação: " Não é costume que um adepto volte a apanhar a pluma após ter franqueado a transmutación (...) abandonemos o manto de silêncio com o que se cobre quem passa pelas ascuas do fénix", sugerindo precisamente isto.

Fonte:pt.wikilingue.com

Bibliografía
Edição em castelhano
Fulcanelli (2003). O mistério das catedrais, Colecção: Ensaio Filosofia Debolsillo. Barcelona: Debolsillo. ISBN 9788497595148.
- (2002). Finis Gloriae Mundi, prol. de Jacques D´Ares. Barcelona: Edições Obelisco. ISBN 9788477209379.
- (2001). O mistério das catedrais, 1 arquivo de Internet (500 Kb) (E-Book). Brenes: Muñoz Moya. Editores Extremeños. ISBN 9788496074149.
- (2000). As moradas filosofales, Barcelona: Edições Índigo

sábado, 11 de dezembro de 2010

Carbonária em Portugal


Carbonária

Como em quase toda a parte, também em Portugal a Carbonária foi muitas vezes uma associação paralela à Maçonaria (embora nem todos os maçons fossem carbonários). "Sociedade secreta essencialmente política", adversa do clericalismo e das congregações religiosas, tendo por objectivo as conquistas da liberdade e a perfectabilidade humana, impunha aos seus filiados "possuirem ocultamente uma arma com os competentes cartuchos". Contribuía directa e indirectamente para a educação popular e assistência aos desvalidos. "Tinha uma hierarquia própria, em certos aspectos semelhante à maçonaria, tratando os filiados por "primos". Os centros de reunião e aglomerações de associados chamavam-se, por ordem crescente de importância, "choças", "barracas" e "vendas". A Carbonária Portuguesa, à qual pertenceram pessoas da mais elevada categoria social, parece ter sido estabelecida em 1822 (ou 1823) "por oficiais italianos que procuravam, por meio de sociedades secretas, revolucionar toda a Europa Meridional". Até 1864 a sua intervenção fez-se sentir em muitos momentos críticos da vida nacional, pois todos os partidários políticos possuíam a sua carbonária. Depois de longo marasmo, desaparecem completamente. A indignação nacional suscitada pelo afrontoso ultimato da Inglaterra (1890) e as desastrosas consequências da revolta de 31 de Janeiro de 1891, com o seu cortejo de prisões, deportações e perseguições de toda a espécie, arrastaram a mocidade académica para as sociedades secretas. Mas foi em 1896 que surgiu a última Carbonária portuguesa, sendo completamente diferente das anteriores : diferente organização, ritual e até processos de combater. Foi seu fundador o grão-mestre Artur Duarte Luz de Almeida. A sua influência exerceu-se de maneira intensiva em quase todos os acontecimentos de carácter político e social ocorridos no País, nomeadamente naqueles que tinham em vista defender as liberdades públicas ameaçadas e combater o congreganismo e os abusos do clero. Tendo participado grandemente nos preparativos do movimento revolucionário de 28 de Janeiro de 1908, que abortou, a sua acção tornou-se depois decisiva para a queda da Mornaquia, mais acentuadamente a partir de 14 de Junho de 1910, quando, a propósito de apressar a revolução, em perigo pelo número crescente de civis presos e militares transferidos, a Maçonaria nomeou uma comissão de resistência encarregada de coadjuvar a implantação da República por uma colaboração mais activa com a Carbonária. A fragmentação do Partido Republicano, sobrevinda ao advento do novo regime político nacional, tornou inevitável a extinção da Carbonária portuguesa, tendo depois, até 1926, resultado infrutíferas todas as tentativas feitas para o seu ressurgimento.

Dicionário de História de Portugal, 4 volumes, SERRÃO, Joel