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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O luto das minhas palavras

Um dia alguém me disse “que somos Homens”…como se esta mesma frase rarefeita desculpabiliza-se qualquer acto mais cruel ou indelicado…
Na Cadeia, uma mancha escura velava-nos num ambiente gélido de suster a respiração, poderia incomodar…uma mancha escura a velar-nos.
Queria acreditar na nobreza de pensamentos, esforçava-me por acreditar! Era a Hora, o Espaço era justo e perfeito! Tombava o rosto, com um pigarrear nervoso, disfarçando qualquer carga mais espiritual que alguma breve brisa por engano me toque…
Uma mancha escura a velar-nos…e eu, perdido numa roda de Homens, esforçava-me por acreditar …
Quando tu que desprezas, tentares acreditar, poderás sentir o luto nas minhas palavras.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Morreu uma deusa...


Maat significa Verdade. A verdade não é uma invenção do antigo Egipto... Tal como a conhecemos, ela existe onde há consciência e respeito, ambas estão intimamente ligadas ao Homem. Mas de onde vem a verdade, a retidão e a justiça ?
Parece que nossa civilização e a nossa cultura têm um pedido de desculpas para com o Egipto Antigo. De todas as culturas antigas, esta merecia um pouco mais de respeito.O Homem comum prega Tolerância e Perdão, esquecendo por vezes a importância da verdade e da rectidão.

Em egípcio, a palavra para verdade é Maat. Maat estava associado ao deus sol Ra, ao faraó, à administração do país, ao homem comum, aos rituais dos templos e aos costumes mortuários.Ela era responsável pela pesagem das almas dos mortos contra a sua única pena de avestruz.Se houvessem muitas ações negativas a alma do falecido penderia para baixo, o monstro Ammut comeria a pessoa e a sua alma. Se a alma era boa e pura, o morto seria promovido a viver com os deuses para toda a eternidade.

Maat também passou a ser associado a Osíris o anfitrião dos mortos. Para os egípcios antigos, a palavra Maat significava não só verdade mas também retidão e justiça.A pluma, como símbolo, é encontrada em toda parte do Egipto . nos túmulos e nas paredes e colunas dos templos. A pluma pretende transmitir a idéia de que "a verdade existirá". A pluma era transportada nas cerimónias egípcias, muitas vezes sobre um cajado. Ela aparece retratada em quase sempre como fazendo parte do toucado da deusa.
“Maat era a concepção egípcia de justiça; era justiça como a ordem divina da sociedade. Era também a ordem divina da natureza conforme estabelecida no momento da criação.”
Maat descansa agora no seu último ritual, seguindo a ordem natural de todas as coisas…

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Vamos ajudar o Haiti !

Cruz Vermelha e Cáritas lançaram campanhas de angariação de fundos a favor do Haiti. Sem sair de casa, basta ter um computador e ligação à internet para ajudar os haitianos.

Os donativos para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa - apelo vítimas do Haiti - podem ser realizados nas caixas multibanco ou através de 'netbanking', na opção 'pagamento de serviços', marcando 20999 na entidade e 999 999 999 999 999 999 na referência.

Poderá ainda ser feito um depósito ou transferência bancária para as contas CVP - Fundo de Emergência, disponíveis em nove instituições bancárias ou através de um cheque ou vale postal pagável à CVP - Fundo de Emergência, Departamento Financeiro da Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa (Jardim 09 de Abril, n.º1 a 5, 1249-083, Lisboa).

Também a Cáritas Portuguesa~, que enviou já cinco mil euros de apoio financeiro, tem em marcha uma campanha de angariação de fundos a favor das vítimas do Haiti.

A organização convida todos aqueles que quiserem contribuir a "fazer o seu donativo na conta «Cáritas Ajuda Haiti», com o NIB 003506970063000753053, da Caixa Geral de Depósitos.

A AMI vai enviar 14 mil euros para o Haiti. Além do apoio financeiro, a AMI lançou também um apelo à sociedade civil para que faça donativos através de "uma conta de emergência Haiti", com o NIB 0007 001 500 400 000 00672, ou do Multibanco, através da entidade 20909 e referência 909 909 909 909 909 909 ".


Fonte AMI e JN
Foto World Prout Assembly

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Grande Oriente Lusitano

Implantando-se um pouco por todo o mundo, a partir do segundo quartel do século XVIII, a Maçonaria transportou consigo os princípios e as regras tradicionais da Regularidade, ainda hoje preservados e lembrados ritualmente, com as mesmas palavras e os mesmos gestos dos primeiros dias. Na Europa Continental (com relevo inicial para a Alemanha e a França), a Ordem Maçónica estabeleceu-se como instituto iniciático de busca do aperfeiçoamento espiritual, fazendo multiplicar as suas Lojas no respeito estrito dos Landmarks.

Na segunda metade do século XIX, algumas obediências maçónicas europeias, lideradas pelos jacobinos franceses, renegaram as Constituições (de que pretendiam fazer uma "interpretação livre" e "moderna") e os Landmarks (que consideraram "obsoletos"). Pequenas "bolsas" de "maçons liberais" constituíram-se então em França, Itália, Bélgica, auto-excluindo-se da Regularidade, passando a combater a Igreja Católica em particular e a religiosidade em geral, aliando-se às pugnas profanas da política partidária e às campanhas mais extremas, pegando em armas e afastando-se de tudo o que é o ensinamento maçónico.

Não obstante, a grande maioria das Lojas manteve-se na Regularidade, mesmo nos países onde simultaneamente brotava aquilo que os historiadores maçónicos designaram por "Maçonaria Latina". Ao longo de todo o século XIX, pelo seu lado, a Maçonaria Regular radicou-se solidamente na generalidade da Europa e ramificou-se no Continente Americano. Aí, uma vasta rede de Lojas e de obreiros atravessa a quadrícula dos Estados Unidos, do Canadá, do Brasil e da totalidade da América hispânica, nisto se contando metade do total mundial dos obreiros maçons. E até na mais remota destas Lojas se trabalha sempre "à glória do Grande Arquitecto do Universo", com o volume da Lei Sagrada aberto e os corações voltados para o Alto.

Este carácter espiritual da Maçonaria encontra-se, pois, inteiramente preservado: mais de noventa por cento dos homens que se intitulam maçons são, de facto, reconhecidos pelos seus irmãos. A questão do "reconhecimento" é de importância capital para os maçons. Nos seus rituais, à pergunta "És maçon?" respondem, invariavelmente: "Os meus irmãos reconhecem-me como tal". Sem o reconhecimento dos irmãos, sem a ligação ao vínculo tradicional, sem a transmissão "regular" da palavra de mestre a discípulo, a Maçonaria desligar-se-ia da sua essência. Esta classe de requisito é, aliás, comum à generalidade das ordens que buscam o aperfeiçoamento espiritual.

Fraternidade de natureza iniciática e escola de conhecimento simbólico, a Maçonaria visa o aperfeiçoamento do homem (que assim se assume como pedreiro da sua própria edificação interior). Usa a simbologia iniciática dos mestres construtores dos templos medievais como meio de transmitir conhecimentos, reflexões e divisas. Tem, por natureza constitutiva, um compromisso de aspiração à harmonia divina.

Hoje, no nosso país, uma só potência é reconhecida pela Maçonaria Regular: a Grande Loja Legal de Portugal / Grande Loja Regular de Portugal (GLLP/GLRP), criada em Lisboa em 1990. O Grande Oriente Lusitano (GOL) não se encontra reconhecido como potência maçónica "regular", filiando-se historicamente na corrente jacobina que no século XIX dissidiu da loja-mãe e dos Landmarks.
A confusão entre o Grande Oriente Lusitano e "a Maçonaria", em geral, advém do facto de, durante mais de cem anos, não ter operado em Portugal qualquer Ordem Maçónica reconhecida pela Regularidade. Durante esse enorme lapso, o Grande Oriente foi a única organização portuguesa a reclamar-se dos valores éticos da Maçonaria - praticando, apesar da sua "irregularidade", rituais semelhantes ou iguais aos dos maçons regulares, embora sem a obrigatoriedade de aceitação de um princípio ordenador do caos e dispensando-se o uso do livro da Lei Sagrada.
Em 1985, um grupo de membros do Grande Oriente Lusitano declarou uma dissidência, propugnando um regresso à Regularidade maçónica e à via espiritual. Não a obtendo no interior, abandonou o GOL e, sob o patrocínio inicial da Grande Loja Nacional de França, logo secundado pela Grande Loja Unida de Inglaterra, constituiu uma primeira Loja regular em território português, que em 1990 deu origem à Grande Loja Regular - a primeira potência maçónica portuguesa a ser universalmente reconhecida desde meados do século XIX.

Autor anónimo

Selos Maçónicos

Simbologia maçónica...em selos!


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

AS INICIAÇÕES AOS ANTIGOS MISTÉRIOS

CRATA REPOA

AS INICIAÇÕES AOS ANTIGOS MISTÉRIOS
DOS SACERDOTES DO EGITO

PREPARAÇÃO
Quando um aspirante desejava entrar à Antiga e Misteriosa Sociedade de Crata Repoa, tinha de ser recomendado por um dos Iniciados. A proposição era feita geralmente pelo Rei mesmo, que escrevia uma autorização aos Sacerdotes.
Havendo sido apresentado em Heliópolis, o Aspirante era derivado aos sábios da Instituição em Memphis, e estes o enviavam a Tebas .Aqui era circuncidado . Eles o punham em dieta, proibindo certos alimentos, como vegetais e pescado, também vinho, porém depois de sua
iniciação esta restrição era atenuada. O obrigavam a passar vários meses encerrado em uma cripta, abandonado a suas reflexões, permitindo que ele escrevesse seus pensamentos. Logo era examinado estritamente para determinar os limites de sua inteligência. Quando chegava o momento de retirá-lo da cripta, o conduziam a uma galeria rodeada com as colunas de Hermes, sobre as que estavam gravadas as máximas que devia aprender de coração.
Quando conseguia, um Iniciado chamado Thesmophores (Introdutor) o abordava. Tinha em sua mão um grande chicote, com o qual mantinha as pessoas afastadas da entrada, chamada
de “A Porta do Profano”. Ele introduzia o Aspirante à gruta, onde vendava seus olhos, pondo ataduras elásticas em suas mãos.

PRIMEIRO GRAU – PASTOPHORIS
O Aprendiz era encarregado de custodiar a entrada que conduz à Portados Homens. O aspirante, havendo sido preparado na cripta, erac onduzido da mão pelosThesmophores e apresentado na porta dos Homens.
À sua chegada, os Thesmophores tocavam o ombro do Pastophoris (um dos últimos aprendizes), que custodiava o exterior, e o incitava a anunciar o Aspirante, o que fazia golpeando na porta de entrada (Este acto está representado numa das Pirâmides). Havendo dado resposta satisfatória às perguntas que lhe formulavam, o Neófito era admitido, abrindo a Porta dos Homens.
O Hierofante o interrogava novamente sobre vários temas esforçando-se por aterrorizá-lo por meio de luzes artificiais, aplausos estrondosos, granizo, chuva e tempestade, e o Neófito respondia categoricamente. Se apesar disto, ele não se desanimasse, o Menes, o leitor das leis, fazia a leitura da constituição da Sociedade, a qual prometia ajustar-se. Logo desta adesão, o Thesmophores o conduzia com a cabeça descoberta, frente ao Hierofante, ante quem se ajoelhava. Eles tomavam o juramento de fidelidade e discrição ao mesmo tempo que colocavam a ponta de uma espada na sua garganta, invocando o Sol, a Lua e as Estrelas para
testemunhar sua sinceridade.
Então retiravam a venda de seus olhos e situado entre duas colunas quadradas, chamadas Betilies. Entre estas colunas se colocava uma escada de sete degraus, e outra figura
alegórica de oito portas de diferentes dimensões. O Hierofante não explicava no momento o sentido misterioso dos emblemas, porém se dirigia a ele como segue:
“A ti que vem adquirir o direito de escutar, te digo: as portas desteTemplo estão firmemente fechadas para os profanos, eles não podem entrar aqui, porém tu, Menes, Museo, Filho de Celestiais trabalhos e investigação, escuta minhas palavras, pois tenho de revelar-te grandes
verdades. Guarda-te dos prejuízos e paixões que podem afastar-te do verdadeiro caminho da felicidade, fixa teus pensamentos sobre o Ser divino e conserva-o para sempre ante teus olhos, ao final de um melhor governo de teu coração e teus sentidos. Se tu desejas de coração passar o verdadeiro sendeiro à felicidade, recorda que estás sempre na presença do Todo Poderoso ser que governa o universo. Este único ser produziu todas as coisas, através d”Ele existem6, Ele as preserva; nenhum mortal pode contemplá-lo, e nada pode ser ocultado ao Seu olhar”
Depois desta alocução, faziam o aprendiz subir a escada e diziam que isso era um símbolo da Metempsicose. Também o ensinavam que os nomes e atributos dos Deuses tinham um significado mais elevado que o conhecido pelo povo. A instrução deste grau era científica ou física; explicavam a causa dos ventos, relâmpagos e trovões; ensinavam anatomia e a arte da cura, e como fazer medicamentos. Também ensinavam a linguagem simbólica e a escritura hieroglífica.
A recepção finalizava, o Hierofante dava ao Iniciado a palavra pela qual se reconheciam mutuamente. Esta palavra era Amoun, que significava: seja discreto. Também lhe ensinavam o toque de mão. Eles lhe colocavam uma espécie de capuz que terminava em uma forma piramidal e lhe vestiam um mandil chamado Xylon. Em volta de seu pescoço levava um colar com borlas que caiam sobre seu peito. À parte disto, estava sem outras vestimentas. Seu
trabalho consistia em actuar como Guardião da Porta dos Homens.

SEGUNDO GRAU – NEOCORIS
Este grau, e o seguinte, representam cerimónias similares na Maçonaria Simbólica, e tem também afinidade com dois dos mais altos graus da Série do Conselho.
Se o Pastophoris, durante o ano de sua aprendizagem, deu suficientes provas de sua inteligência, o submetiam a uma severa prova para prepara-o para o grau de Neocoris. Havendo transcorrido o ano, era levado a uma obscura câmara chamada Endymion
Ali belas mulheres lhe serviam uma deliciosa comida para repor suas forças desgastadas, que eram esposas dos Sacerdotes ou virgens dedicadas a Diana. Elas o incitavam ao amor por meio de gestos. Ele devia triunfar nestas dificultosas provas para dar prova de controle sobre suas paixões. Depois disto, o Tesmophores aparecia e fazia uma variedade de perguntas a ele. Se o Neocoris respondia correctamente, o conduzia à assembleia. O Stolista (o Espargidor) lançava água sobre ele para purificá-lo. Eles requeriam sua declaração, afirmando que havia sido
conduzido com sabedoria e castidade. Logo de uma declaração satisfatória, o Tesmophores se dirigia a ele, tendo em sua mão uma serpente viva, que lançava sobre seu corpo, porém que afastava com a parte inferior de seu mandil.
A câmara parecia estar cheia de répteis, para ensinar ao Neocoris a suportar o terror corporal. Quanto maior for a coragem mostrada na prova, tanto mais era louvado depois da recepção. Então o guiavam para duas altas colunas, entre as quais se havia um grifo empurrando uma
roda .As Colunas indicavam o Leste e o Oeste. O grifo era o emblema do Sol, e os quatro raios da roda indicavam as quatro estações. Eles o instruíam na arte de interpretar o higrómetro, por meio do qual mediam as inundações do Nilo; o instruíam na geometria e na arquitectura,
e nos cálculos e medições que posteriormente teria que utilizar. Porém estes eram grandes segredos, somente revelados a aqueles cujo conhecimento estava muito acima do comum das pessoas. Sua insígnia era um bastão com uma serpente. A palavra do grau era Eve [Eva], e nesta oportunidade lhe relatavam a queda da raça humana. O signo consistia em cruzar as mãos sobre o peito .O trabalho do Neocoris consistia em lavar as colunas.
TERCEIRO GRAU – MELANEPHORIS
A PORTA DA MORTE
O Iniciado deste grau recebia o nome de Melanephoris. Quando o Neocoris, por inteligência e boa conduta se fazia merecedor do grau, era levado imediatamente para a recepção. Era conduzido pelo Tesmophores ao vestíbulo, por cima de cuja entrada tinha a inscrição “Porta da Morte”. O lugar estava repleto de diferentes espécies de múmias e sarcófagos, com análogas ornamentações nas paredes. Sendo o lugar da morte o Neófito encontrava o Parakistes.
Também aqui encontrava aos Herói, aqueles que abrem os corpos, ocupados em seus labores.
No meio do vestíbulo era colocado o ataúde de Osíris, e dado que se supunha que havia sido recentemente assassinado, tinha traços de sangue. Os oficiais interrogavam o Neófito se havia tido participação no assassinato de seu Mestre. Depois de sua resposta negativa, dois
Tapixeytes, ou sepultadores, tomam posse dele. O conduziam a uma habitação onde outros Melanephoris estavam vestidos de negro.
O Rei, que sempre assistia a esta cerimónia, abordava o aspirante cortesmente, apresentando-lhe uma coroa de ouro para sua aceitação, perguntando-lhe se considerava-se com a coragem suficiente para afrontar as provas pelas quais deveria passar. O aspirante, sabendo que
devia rechaçar a coroa, jogava-a ao chão e a espesinhava.
Então o Rei exclamava, “Ultrage ! Vingança! E brandindo o machado sacrificial, golpeava (suavemente) sua cabeça .
O dois Tapixeytes derrubavam o aspirante, e os Parakistes o envolviam com vendas de múmia; no meio dos gemidos dos assistentes, o transportavam através de uma porta sobre a qual estava escrito “Santuário dos Espíritos”, e a medida que se abria se ouviam trovões, relâmpagos e o suposto morto se encontrava rodeado de fogo. Charon tomava posse del como espírito, descendo entre os juízes das sombras, onde Plutão estava sentado em seu trono, tendo Radamanthus e Minos a seu lado, também Alecton, Nicteus, Alaster, e Orfeu.
Este temível tribunal lhe dirigia severas críticas em relação ao curso de sua vida, e finalmente o condenava a vagar pelas galerias subterrâneas. Então lhe retiravam as vendas e os atados mortuários. Então recebia a instrução de:
1. Nunca ter sede de sangue, e sempre assistir aos membros da
sociedade, cuja vida estiver em perigo.
2. Nunca deixar um corpo morto sem sepultura.
3. Aguardar a ressurreição do morto e o futuro julgamento. O novo Melanephoris tinha que estudar desenho e pintura, dado que uma parte de seus trabalhos consistia na decoração de sarcófagos e múmias. Era lhe ensinado um alfabeto particular, chamado Hierogramático, que lhe era sumamente útil, dado que a História do Egipto, sua geometria, e os elementos de astronomia estavam escritos em ditos caracteres. Também recebia lições de retórica, assim saberia como dar orações fúnebres em público. O signo de reconhecimento consistia em um peculiar abraço, cujo objecto era expressar o poder da morte. A palavra era – Monach Caron
Mini – Eu conto os dias de cólera.
O Melanephoris permanecia nestas galerias subterrâneas até que lhes fosse possível julgar sua capacidade para avançar nas ciências mais elevadas; sendo obrigado a passar o restante de seus dias neste lugar se não alcançasse o verdadeiro conhecimento.



QUARTO GRAU – CHISTOPHORIS
Batalha das Sombras
A duração da cólera era geralmente de dezoito meses, e havendo este transcorrido, o Tesmophores ia ver o Iniciado, o saudava gentilmente, e depois de armá-lo com uma espada, o incitava a segui-lo. Eles recorriam as sombrias galerias, quando abruptamente alguns homens com máscaras de figuras horrendas, com chamas em suas mãos e serpentes em volta,
atacavam o Iniciado, gritando – Panis!
Os Tesmophores o incitavam a confrontar todos os perigos e a sobrepor-se a todos os obstáculos. Ele se defendia com coragem, porém sucumbia ao número; então, eles vendavam seus olhos e passavam uma corda em volta de seu pescoço, por meio da qual era levado à sala onde recebia um novo grau. Logo era levantado estendido e introduzido na assembleia, com grandes dificuldades para sustentar-se por seus meios.
A luz era restituída, e seus olhos ficavam deslumbrados com o brilho das decorações; a sala oferecia um conjunto de magníficas imagens. O Rei, em pessoa, estava sentado junto ao Demiurgos, o Grande Inspector da Sociedade. Por debaixo destes altos personagens estavam sentados o Stolista (Purificador pela Água); o Hierostolista (Secretário), levando uma pluma em seu pentiado ; o Zacoris (Tesoureiro); e o Komastis, ou Supervisor de Banquetes. Todos levavam a Alydee, verdade.
Era uma decoração egípcia.
“Eum omnium hominum justissimum et tenacissimum opportebat qui circa collum imaginem ex saphiro gemma confectam gestabat.”
O orador ou cantor pronunciava um discurso no qual elogiava o novo Chistophoris por sua coragem e resolução. Ele insiste ao neófito para perseverar dado que somente havia completado a metade de seus labores, e que teria que suportar até mostrar provas completas de sua integridade. Eles lhe davam uma taça cheia de uma bebida muito amarga, que chamavam cice, que devia beber. Eles o investiam com diversos ornamentos. Ele recebia o {anel} de Ísis (Minerva); punham as {bolsas} de Anubis (Mercúrio); o cobriam com o manto de Orci, ornamentado com um capuz. Eles lhe ordenavam tomar uma cimitarra que lhe ofereciam, com o fim de cortar a cabeça de um indivíduo que se encontraria no fundo de uma
profunda caverna a qual teria que entrar, para levar-lhe a cabeça ao Rei. Nesse momento todos gritavam – “Niobe, aqui está a caverna do inimigo!” Ao entrar ali, ele percebia a figura de uma mulher muito bela; estava revestida de uma pele muito fina, e tão artisticamente realizada que parecia ter vida.
O novo Chistophoris se aproximava à figura, a tomava pelos cabelos, e lhe cortava a cabeça, apresentando-a ao Rei e ao Demiurgos. Depois de aplaudir esta acção heróica, eles lhe informavam que era a cabeça de Gorgo, a esposa de Typhon, que era a causa do assassinato de Osíris. Eles aproveitavam esta circunstancia para inculcar-lhe que sempre deveria ser o vingador do mal. Então recebia a permissão de por as novas roupagens que lhe entregavam. Seu nome era inscrito em um livro junto a outros Juízes do país. Ele se regozijava em livre comunicação com o Rei, e recebia seu alimento diário do Tribunal .
Juntamente com o código da Lei, lhe davam uma decoração que só podia levar na recepção de um Chistophoris, ou na Cidade de Sais. Ela representava Ísis, ou Minerva, sob a alegoria de uma coruja; e a alegoria era assim interpretada: - O homem, em seu nascimento é cego como a coruja, e se converte em homem somente com a ajuda da experiência e da luz da filosofia. O casco expressava o mais alto grau de sabedoria; a cabeça decapitada, a repressão das paixões; o anel, uma defesa legítima contra a calúnia; a coluna, firmeza; a vasilha de água uma sede de
ciência; o arcanjo, adornado com flechas, o poder da eloquência; a pica, persuasão levada a seus limites, quer dizer, que por sua reputação alguém pode causar grande impressão à distância; os ramos de palmeira e oliveira, os símbolos de paz. Eles diziam-lhe logo que o nome do grande legislador era João. Este nome era também o nome da Ordem.
Os membros, em ocasiões, faziam reuniões onde os somente Chistophoris podiam ser admitidos. Os Capítulos eram chamados Pixon (Fonte ds Justiça); e a palavra em uso nessas tendas era Sasychis (um antigo sacerdote do Egipto).
Era ensinado ao Iniciado a linguagem Amúnica (O Amúnico era uma linguagem misteriosa; ver a palavra do 1º). O aspirante, havendo superado os Mistérios Menores, cujo objectivo era prepará-lo, o instruíam nas ciências humanas, até o momento em que fosse admitido aos Grandes Mistérios, e ao conhecimento da doutrina sagrada, chamada a Grande Manifestação da Luz, quando não houvera mais segredos para ele.

QUINTO GRAU – BALAHATE
O Chistophoris tem o direito a demandar e o Demiurgos não pode recusar outorgar este Grau. O candidato era conduzido à entrada onde era realizada a audiência, sendo recebido por todos os membros. Então era conduzido a outra Sala, disposta para uma representação teatral, na qual era, de certa forma, o único espectador, e na qual cada membro tomava parte.
Um personagem chamado Orus acompanhava vários Balahate, que portavam tochas; eles marchavam para a Sala e pareciam estar buscando algo. Orus desembanhou a sua espada ao chegar à entrada de uma caverna, a qual saiam chamas; na parte inferior dela, estava o assassino Typhon, com aparência de ânimo decaído. Ao se aproximar Orus, Typhon se levantou, tomando uma aparência terrífica, com uma centena de cabeças sobre seus ombros, todo seu corpo coberto de escamas, e seus braços de enorme longitude. Orus avançou para o monstro sem permitir ver-se amedrontado por seu terrível aspecto, derribando-o e afastando-o. Logo o decapitou, e tirou seu corpo da caverna, o qual seguia vomitando chamas.
Logo em silêncio exibiu as horrorosas cabeças.
Este cerimonial terminava com a instrução que se dava ao Balahate, que inclua a explicação desta alegórica cena. Era dito que Typhon simbolizava o fogo, que é um dos mais terríveis agentes, não obstante, o qual, nada pode ser feito no mundo sem ele. Órus representava a
indústria e o labor, por meio das quais o homem realizava grandes e úteis empresas ao dominar a violência do fogo, dirigindo seu poder e apropriando-se de sua força.
O Chistophoris era instruído em Química e a arte de decompor as substâncias e mudar os metais. Ele contava com a assistência de mestres quando necessitava das investigações e experiência que eles tinham nessa ciência. A palavra da ordem era Chymia.

SEXTO GRAU – O ASTRÔNOMO ANTE A PORTA DOS DEUSES
A preparação deste grau começava pondo-lhe correntes no Candidato.
Os Tesmophores o conduziam à Porta da Morte, que tinha que descer por quatro etapas, devido a que a Caverna de recepção era a previamente usada para o terceiro grau, e que nesta ocasião estava cheia de água com a finalidade de deslocamento da Barca de Caron. A presença de alguns sarcófagos causava impacto nos olhos do Candidato. Era informado que eles conservavam os restos daqueles membros que haviam traído os
segredos da sociedade; e o ameaçavam com o mesmo destino se cometesse tais crimes.
Então era situado ao centro da assembleia com a finalidade de tomar-lhe um novo juramento. Depois de tê-lo pronunciado, lhe explicavam a história da origem dos Deuses, que eram objecto de adoração do povo, e por meio dos quais eles dirigiam sua credulidade; porém também lhe indicavam a necessidade de conservar o politeísmo para o comum das pessoas. Eles ampliavam as ideias que lhe haviam sido apresentadas no primeiro grau, sobre a doutrina do Ser único que abarca todo tempo, preside sobre a união e regularidade do universo, e quem, por sua natureza, está por cima da compreensão do espírito humano.
O grau foi consagrado à instrução do Neófito no conhecimento e prática da astronomia. Ele estava obrigado a dedicar a noite a observações, e a cumprir com os labores que lhe encomendavam. Ele era advertido de estar precavido contra os Astrólogos e desenhistas de horóscopos, a quem viam como autores da idolatria e superstição, pelo qual esta Escola de Mistérios tinha aversão. Estes astrólogos haviam eleito a palavra Phoenix como palavra da ordem, à qual os Astrónomos a ridicularizaram.
Depois da recepção, conduziam o Iniciado para a Porta dos Deuses, e o introduziam no Panteão, onde ele contemplava a todos os Deuses e os via representados por pinturas magnificentes. O Demiurgos relatava novamente a história, sem ocultar-lhe nada. A palavra do grau era Ibis, significando grua, que significava vigilância.

SÉTIMO GRAU – PROFETA OU SAPHENATH PANCAH
(O homem que conhece os Mistérios – Jâmblico, De Mistérios Aegypt.)
Este grau era o último e o mais eminente. Nele davam a mais completa e detalhada explicação de todos os Mistérios.
O Astrónomo não podia obter este grau, que estabelecia sua aptidão em todas as funções, públicas e políticas, sem o consentimento do Rei e do Demiurgos; e ao mesmo tempo o consentimento geral dos membros internos da Sociedade.
Eles punham a sua disposição uma lista de todos os Grandes Inspectores, na ordem cronológica na qual haviam vivido, e também uma lista de todos os membros da sociedade espalhados sobre a face do globo. Eles lhe ensinavam a dança sacerdotal que figurava o curso das estrelas.
A recepção era seguida por uma procissão pública à qual davam o nome de Pamylach (Oris circunciso).
Eles exibiam então ao povo os objectos sagrados. A procissão finalizava; os Membros da Sociedade partiam clandestinamente para a cidade durante a noite, retirando-se a um lugar fixado e reunindo-se novamente em algumas casas de forma quadrada, que tinham vários aposentos ornamentados com admiráveis pinturas, representando a vida humana.
Estas casas eram chamadas Maneras (residência de Manes), porque o povo cria que os Iniciados tinham um particular tratamento com os Manes do defunto; as Maneras estavam ornamentadas com um grande número de colunas, entre as quais havia alguns sarcófagos e uma esfinge. Ao chegar, ao novo profeta era oferecida uma bebida chamada Oimellas, comunicando-lhe que havia chegado ao final de todas as provas. Ele era então investido com uma cruz, cuja significação era peculiar e somente conhecida aos Iniciados, que devia levar continuamente. Ele era investido com uma bela toga com raios brancos, muito ampla,
chamada Etangi. Eles raspavam sua cabeça, e seu penteado era de forma quadrada. O signo principal se realizava levando as mãos cruzadas nas mangas da toga, que eram muito largas. A palavra de ordem era Adon.
O Profeta tinha permissão para ler todos os livros misteriosos que estavam na língua Amúnica, para o qual lhe davam a chave, que chamavam Poutre Royale.
A maior prerrogativa de seu grau era a contribuição de seu voto na eleição do Rei. O
novo Profeta, depois de um tempo, podia subir aos cargos da Sociedade, e ainda ao de Demiurgos.

OS OFÍCIOS E OFICIAIS
1º - O Demiurgos, Grande Inspetor da Sociedade. Ele vestia uma toga em azul céu, salpicada de estrelas bordadas, e um cinturão amarelo Ele levava no seu pescoço uma safira rodeada de brilhantes e suspenso em uma corrente de ouro. Ele era também Supremo Juíz de todo o país.
2º - O Hierofante estava vestido de maneira similar, excepto que levava em seu peito uma cruz.
3º - O Stolista, estava a cargo da purificação do Aspirante pela água, vestia uma toga de raios brancos e um calçado de forma peculiar. Estava a cargo da custódia do vestíbulo.
4º - O Hierostolista (Secretário), tinha uma pluma em seu penteado, e tinha em sua mão um vaso de forma cilíndrica, chamado Canonicon, para a tinta.
5º - O Thesmophores, encarregado da introdução dos Aspirantes.
6º - O Zacoris cumpria as funções do Tesoureiro.
7º - O Komastis tinha a cargo os Banquetes e controlava os Pastophores.
8º - O Odos era Orador e cantor.

BANQUETES
Todos os membros estavam obrigados a lavar-se antes de ir à mesa. Não lhes era permitido o vinho, porém podiam tomar uma bebida similar a nossa moderna cerveja.
Eles levavam em volta da mesa um esqueleto, o Butoi.
O Odos entoava um hino chamado o Maneros, que começava assim: “Oh morte! Vem em uma hora conveniente”. Todos os membros se uniam em coro.
Quando o ágape concluía todos se retiravam; alguns para atender suas ocupações, outros para dedicar-se à meditação; o maior número, de acordo com a hora, para saborear as bondades do sono, com a excepção daqueles cuja tarefa era estar de guarda para conduzir pela Porta dos Deuses (Birantha), aos iniciados de 6º que desejavam fazer observações celestes; estes estavam obrigados a passar a noite inteira e secundar, ou melhor, dirigir os labores astronómicos.

Fonte/Freemasonry of the Ancients Egyptians

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Barracão da cultura

Espaço Cultural / Barracão da cultura
Convido-vos a PARTILHAR 19 euros com o Barracão de cultura e, em troca, ainda receberão uma escaldante Grande Narrativa Teológica sobre a nossa Sociedade actual, em forma de livro, que dá pelo nome de O NOVO LIVRO DO APOCALIPSE OU DA REVELAÇÃO, edição AREIAS VIVAS.

http://mailx.fe.up.pt/~ec91137/index_ficheiros/Page348.htm